Após reunião do presidente eleito com as sedes sindicais, os participantes dizem que há um consenso contra a reintrodução do imposto. Há um consenso entre os sindicatos de que o imposto sindical não deve ser recriado durante o governo do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Há um consenso, uma unanimidade, de que o imposto sindical não será devolvido", disse Ricardo Patha, presidente da sede do sindicato UGT - sede ligada ao PSD de Gilbert Kassab - e integrante do grupo técnico de trabalho do governo de transição de Lula gabinete.
Em declarações à imprensa logo após a reunião do grupo com o presidente eleito, Patha descartou o retrocesso da reforma trabalhista implementada pelo governo de Michel Temer. Ele apontou a necessidade de uma reforma sindical para criar os meios para financiar os sindicatos. "Não queremos a abolição da reforma trabalhista e não queremos a volta do imposto sindical. Mas é preciso voltar a discutir alguns temas", destacou.
Segundo o sindicalista, a reforma sindical não vai trazer nenhum ônus para o erário público no financiamento das entidades trabalhistas, “os trabalhadores vão financiar seus sindicatos”, disse. Relativamente ao salário mínimo, Patha afirma que uma das políticas mais importantes para o início de 2023 é a renovação da política de substituição do salário mínimo “Não há dúvida de que o salário mínimo este ano não será suficiente para ser o valor que gostaríamos gosto, mas vai ter uma política de que daqui a alguns anos vamos repor um dos instrumentos de distribuição de renda, que é o salário mínimo", afirmou.
Patha destacou que é esperado que os ajustes na atual legislação trabalhista se assemelhem ao processo ocorrido na reforma trabalhista espanhola. Quanto ao mínimo, ele aposta que o projeto deve seguir o modelo existente nos primeiros governos petistas, mas destaca que o ponto básico do debate do novo governo é a responsabilidade fiscal.
Fonte da matéria Estado de Minas