Os oligarcas russos no Brasil

 

A  final o que é ser um Oligarca ?

O nome "oligarca" é derivado das palavras gregas "oligoi", que significa "poucos", e "arkhein", que significa "governar". Em outros termos, um governo de poucas pessoas ou um governo de poucas pessoas.

Mais recentemente, a frase foi aplicada a um grupo de russos extraordinariamente ricos e politicamente bem conectados que acumularam suas fortunas após o fim do estado comunista em 1991 e a subseqüente onda de privatizações.

Em uma entrevista com a CNN, Thomas Graham, ex-conselheiro presidencial americano para as relações com a Rússia e co-fundador do programa de estudos da Universidade de Yale, Europa Oriental e Eurásia, disse que o termo "oligarca" é freqüentemente usado para classificar os bilionários russos porque, ao contrário de outras partes do mundo, esses homens de negócios se tornaram ricos através de laços estreitos com o governo.

"Você pode ser um homem de negócios rico nos Estados Unidos e não estar preocupado com suas relações governamentais. Na Rússia, as coisas são um pouco diferentes. Toda ação comercial que você fizer deve ser verificada duas vezes com seus contatos do Kremlin "ele declarou

Em 2018, uma porta-voz do governo russo negou o uso do termo, alegando que "somente representantes de grandes empresas" existem na Rússia.

Estes bilionários ganharam notoriedade com o tempo investindo uma parte de seu dinheiro em países europeus como Reino Unido, França, Espanha e Itália, entre outros. Alguns deles compraram times de futebol, além de casas, automóveis de luxo e mega-iates. Esta é a situação com Roman Abramovich, o empresário russo dono do Chelsea e que acaba de deixar o cargo de seu presidente.

Após a invasão russa da Ucrânia, várias nações impuseram sanções econômicas não apenas à administração do presidente russo Vladimir Putin, mas também aos "oligarcas", ou mega-empresários do país.

Entretanto, alguns deles fazem negócios e, em grande parte, lucram fora da Europa.

Pelo menos quatro milionários russos com vínculos comerciais estreitos no Brasil foram identificados pela BBC News Brasil. O presidente Jair Bolsonaro homenageou recentemente um deles.

A primeira é que seus nomes constavam de uma lista do Departamento do Tesouro dos EUA, emitida em janeiro de 2018. As sanções não foram incluídas na lista. Foi então castigada por estar muito próxima da lista da revista Forbes dos indivíduos mais ricos da Rússia.

A inclusão desses empresários na lista de sanções econômicas impostas por nações como os Estados Unidos, o Reino Unido ou a União Européia foi o segundo requisito.

Andrey Andreevich Guryev, Andrey Melnichenko, e Dmitry Mazepin são seus nomes, de acordo com os dois critérios. Embora Vietchslav Kantor fizesse parte da lista americana, ele não foi sancionado.

Andrey Andreevich Guryev, 39 anos, é um dos bilionários mais poderosos do Brasil. Ele lidera o Conselho Empresarial Rússia-Brasil como seu presidente. O Presidente Jair Bolsonaro lhe entregou a medalha da Ordem do Rio Branco em uma cerimônia em Moscou, em fevereiro deste ano.

Ele é um membro da família Guryev, proprietária da PhosAgro, uma das maiores empresas de fertilizantes à base de fosfato do mundo. De acordo com a revista Forbes, acredita-se que a fortuna da família exceda US$ 6 bilhões, fazendo dela a 28ª família mais rica da Rússia.

A corporação considera o Brasil como um de seus mercados estratégicos. A PhosAgro teve um lucro de US$ 1,7 bilhões em 2021, de acordo com dados corporativos.

De acordo com a corporação, uma parte deste excelente resultado foi devido à crescente demanda por fertilizantes de nações como o Brasil.

O Brasil é o quarto maior importador mundial de fertilizantes, com a Rússia respondendo por 23% do total das importações, graças a empresas como a PhosAgro. A empresa tem presença em So Paulo.

Acron, outro gigante dos fertilizantes russos, forneceu a ele a maior parte de suas riquezas.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, em janeiro deste ano, ele possuía 94% das ações da empresa. Ele é presidente do conselho de coordenação da Acron, que é uma função não executiva, de acordo com a empresa.

Kantor é um judeu russo que possui dupla cidadania em Israel e no Reino Unido. Ele e sua família estão atualmente residindo em Londres.

O Brasil é um mercado importante para a Acron, que vende fertilizantes criados em suas instalações russas lá, assim como seus concorrentes no setor.

O projeto mais recente da empresa no país é a compra de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados em Três Lagos, Mato Grosso do Sul, da Petrobras.

O presidente Jair Bolsonaro declarou em 4 de fevereiro que a Petrobras havia chegado a um acordo para vender as instalações para a Acron. Os analistas, por outro lado, afirmam que a conclusão do contrato ainda está dependente de uma revisão da governança da Petrobras.

O desenvolvimento da fábrica começou em 2007 e até agora custou pelo menos R$ 3,8 bilhões. O preço da venda ainda não foi revelado. Espera-se que a unidade entre em operação em 2027.

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