Roberto Jefferson disse em carta que Bolsonaro "se rendeu às bestas famintas do dinheiro público'"

 

O ex-deputado alega que o presidente "se rendeu às bestas famintas do dinheiro público'" e defendeu Mourão para disputar o pleito de 2022


Através de uma carta composta a partir da prisão, o líder público autorizado do PTB, Roberto Jefferson, diz que o Presidente Jair Bolsonaro rendeu-se "antes dos rosnados dos monstros famintos de dinheiro público" e, por razões desconhecidas, "debilitado" após as manifestações de 7 de Setembro. No texto dirigido ao conselheiro jurídico do partido, Jefferson expressou igualmente que o partido deveria procurar a sua própria proposta para a administração da República e que a sua expectativa é que o atual Vice-Presidente, General Hamilton Mourão, seja o concorrente. 

O Estadão abordou um duplicado da composição de cinco páginas, composta a partir de uma das celas do Complexo Penitenciário de Bangu, onde se encontra o representante anterior. No texto, Roberto Jefferson diz que Bolsonaro desistiu do Centrão e "tentou uma concorrência inconcebível entre grandes e diabólicas. 

Jefferson, que em regra é preventivamente capturado a pedido do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), num exame que investiga os exercícios dos exércitos locais avançados contra o governo popular, expressou igualmente que Bolsonaro deveria "aguentar" os seus filhos. "Na hipótese de os miúdos perturbarem tudo, eliminá-los". Segundo ele, o presidente "foi o descanso", no entanto atenuado. 

"Não é difícil eliminar uma criança, eu sei o agravante de eliminar Cristiane (Brasil). No entanto, o empreendimento político está acima de concessões melancólicas. Não se pensa duas vezes sobre a opressão. Não se cede a maus-tratos. Não se honra a autocracia, não se curvam perante os perigos da sua auto-importância. A nossa declaração assinalará outro caminho: 'A nossa própria aplicação ofusca os outros'", diz mais uma parte do texto. 

"Bolsonaro rodeia-se de viciados em felicidade com dinheiro público; Farias, Valdemar, Ciro Nogueira, não voltará aos rastos de tristeza da conduta. Aquele que passeia com o lobo, o lobo torna-se, o lobo é. Ver Flávio", composto por Jefferson. Em Setembro de 2005, teve a sua ordem como nomeado burocrático negada, pelo seu apoio no mensalão, durante a autoridade pública do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A carta evidentemente fecha um curso de aproximação entre o Presidente da República e o PTB. Jefferson, que controla a abreviatura, abriu o partido a Bolsonaro. A tribo oficial, no entanto, estabeleceu expectativas de se juntar ao partido - por exemplo, a designação de ascendentes significativos em estados-chave.

Publicado por Ricardo de Moura Pereira 
Fonte: Terra 

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