"Tarifaço" de Trump abala mercados globais, mas Bolsa brasileira surpreende com alta

Enquanto dólar e bolsas internacionais despencam com anúncio de novas tarifas, Ibovespa reage positivamente em meio a expectativas para o comércio exterior brasileiro

PRESIDENTE DOS EUATRUMPBOLSA DE VALORESECONOMIA DOS ESTADOS UNIDOS

4/3/20252 min read

Mercados Globais em Turbulência: Tarifas de Trump Derretem Bolsas e Dólar

Os mercados financeiros internacionais enfrentaram um dia de forte volatilidade nesta quinta-feira (3), com quedas generalizadas após o anúncio de novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A medida protecionista do governo Trump, que estabelece sobretaxas para uma ampla gama de produtos importados, desencadeou uma reação negativa nos investidores, preocupados com os impactos inflacionários e o risco de desaceleração econômica.

Dólar em Queda, Bolsas no Vermelho

O dólar registrou uma das maiores desvalorizações dos últimos meses, com o índice DXY – que mede a moeda americana frente a uma cesta de divisas globais – caindo quase 2%, atingindo seu menor patamar desde setembro do ano passado. A preocupação central é que o aumento das tarifas eleve os custos de produção nos EUA, pressionando os preços internos e reduzindo o consumo, o que pode frear o crescimento da maior economia do mundo.

Na Europa, o clima foi de forte pessimismo:

  • O Euro Stoxx 50, que reúne as principais ações do bloco, despencou 3%.

  • A Alemanha (DAX) e a França (CAC 40) tiveram quedas acentuadas.

  • O Reino Unido (FTSE 100) recuou 1,4%, afetado pelas tarifas sobre seus produtos.

  • A Suíça (SMI), alvo de uma sobretaxa de 31%, viu seu índice cair 1,94%.

Na Ásia, o cenário não foi diferente, com as principais bolsas fechando no negativo. Países exportadores, como China e Coreia do Sul, foram especialmente impactados, refletindo os temores de uma guerra comercial ampliada.

E o Brasil?

Enquanto o mundo amanheceu no vermelho, o mercado brasileiro surpreendeu com desempenho positivo. O Ibovespa operava em alta, beneficiado por uma fuga de capitais para ativos emergentes e pela expectativa de que o país possa se reposicionar no comércio global diante das novas barreiras americanas.

Ainda assim, analistas alertam que os efeitos das tarifas podem ser sentidos a médio prazo, especialmente se houver retaliações por parte dos países afetados. Para o Brasil, o desafio será aproveitar eventuais brechas no mercado internacional sem se tornar alvo de medidas similares no futuro.

Uma coisa é certa: a política comercial agressiva de Trump continua a sacudir a economia global, e os próximos dias devem ser de extrema cautela para investidores.