"Ressonância em São Gonçalo: Explorando o Tremor de Terra de Magnitude 2.0 na Região"

"Análise e Impacto do Evento Sísmico na Cidade de São Gonçalo"

3/13/20252 min read

Na terça-feira (11), o município de São Gonçalo, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi sacudido por um tremor de terra de magnitude 2.0. Esse abalo sísmico de baixa intensidade foi detectado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e posteriormente analisado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com a Rede Sismográfica Brasileira (RSB), não houve relatos de que a população tenha sentido o tremor. Em uma escala menor, a cidade de Claraval (MG) experimentou dois tremores de terra durante a manhã desta quarta-feira (12). O primeiro sismo, com magnitude de 1.7 mR, ocorreu às 4h51, seguido por um segundo tremor de magnitude 2.0 mR às 5h02.

Bruno Collaço, da Universidade de São Paulo (USP), explica que pequenos tremores em Minas Gerais não são algo incomum, sendo este estado o que registra o maior número de abalos sísmicos. A maioria desses tremores naturais é atribuída às grandes pressões geológicas que agem na crosta terrestre.

Segundo a RSBR, tremores de terra de pequena magnitude são eventos relativamente comuns no Brasil. Geralmente, esses sismos de menor escala são desencadeados por pressões geológicas que movimentam pequenas fraturas na crosta terrestre. Em fevereiro, o Brasil testemunhou a ocorrência de outros dois tremores de terra significativos. Em Poconé, Mato Grosso, a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) registrou um abalo de magnitude 4,5 na Escala Richter, classificado como de intensidade moderada, em 1º de fevereiro.

Por outro lado, a cidade de Arapiraca, Alagoas, foi atingida por um tremor de 2,3 na Escala Richter em 23 de fevereiro. Essa informação foi confirmada pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Segundo informações da Universidade Michigan Tech, os diferentes intervalos de magnitude são associados a potenciais de danos de diversas proporções:

  • Até 2,5: Não chega a ser sentido, mas os sismógrafos registram.

  • De 2,5 a 5,4: É sentido, mas causa apenas pequenos danos.

  • De 5,5 a 6: Danos a edifícios e outras estruturas.

  • De 6,1 a 6,9: Causam muitos danos em áreas densamente povoadas.

  • De 7,0 a 7,9: É um grande terremoto, com danos sérios, como prédios destruídos, em áreas habitadas.

  • De 8,0 ou mais: É um terremoto ainda mais forte, que pode destruir totalmente comunidades perto do epicentro.

    Os cientistas do Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmam que atualmente utilizam amplamente a "escala de magnitude de momento" para avaliar a força e o tamanho dos terremotos com maior precisão do que a tradicional "escala Richter".

    Essa escala de magnitude de momento se baseia no conceito de "momento sísmico" do tremor, que descreve o deslocamento da crosta terrestre durante um terremoto, a extensão da área ao longo da qual a falha na crosta ocorre e a força necessária para vencer o atrito nesse ponto, juntamente com as ondas sísmicas geradas por essa mudança.

    A magnitude de momento aumenta conforme aumenta o atrito e o deslocamento ao longo de distâncias maiores. As ondas sísmicas são registradas por sismógrafos, que utilizam um pêndulo ligado a uma mola para detectar os movimentos do terremoto, produzindo um gráfico chamado sismograma.

    A escala de magnitude varia de 1 a 10, sendo que cada incremento de um número inteiro representa aproximadamente 32 vezes mais energia liberada.

         Fonte  - G1  e CNN Brasil