Por que Bolsonaro fez várias cirurgias após facada?

Bolsonaro passa por extensa cirurgia abdominal após complicações de atentado

POLÍTICABOLSONARO

Ricardo de Moura Pereira

4/16/20252 min read

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido neste domingo (13/4) a uma complexa intervenção cirúrgica em Brasília para remoção de aderências e reconstrução da parede abdominal. O procedimento, classificado como de "grande porte" pela equipe médica, durou aproximadamente 12 horas e foi concluído sem complicações.

De acordo com o boletim médico divulgado após a cirurgia, a operação "transcorreu sem intercorrências" e não houve necessidade de transfusão sanguínea. Atualmente, Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado clínico estável, sem queixas de dor, recebendo suporte nutricional e medidas preventivas contra infecções.

Riscos e complicações pós-cirúrgicas

O cardiologista Leandro Echenique, integrante da equipe que acompanha o ex-presidente, explicou que procedimentos dessa magnitude apresentam riscos consideráveis. "Há aumento do risco de infecções, necessidade de medicação para controle pressórico, além de possíveis complicações como trombose e distúrbios de coagulação", detalhou o médico em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (14/4).

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro passa por intervenções cirúrgicas decorrentes do atentado sofrido em 2018. O ferimento abdominal grave, causado por uma facada durante a campanha presidencial, deixou sequelas que demandam acompanhamento médico contínuo e, eventualmente, novas correções cirúrgicas.

A equipe médica segue monitorando a recuperação do ex-presidente, que deverá permanecer hospitalizado nos próximos dias para observação.

A Gravidade do Ferimento

A facada atingiu o abdômen de Bolsonaro, perfurando parte do intestino e afetando veias importantes. Apesar da cirurgia de emergência bem-sucedida, ferimentos desse tipo costumam demandar reparos adicionais.

Complicações Pós-Cirúrgicas

Uma das principais razões para as reoperações foi o risco de aderências intestinais – quando o tecido cicatrizado forma "bridas" que podem obstruir o intestino. Quanto mais manipulado o órgão, maior a chance de complicações, como dores crônicas e novas obstruções.

Procedimentos Realizados

Bolsonaro passou por ao menos 16 cirurgias após o ataque, incluindo:

  • Correções de hérnias (comuns após grandes incisões abdominais).

  • Retirada de aderências para evitar obstruções.

  • Colocação de telas cirúrgicas para reforço da parede abdominal.

"Quanto Mais Mexe, Maior o Risco"

Especialistas explicam que cada nova cirurgia aumenta a chance de complicações, criando um ciclo de intervenções. Por isso, Bolsonaro precisou de acompanhamento constante, e seu caso ilustra os desafios de traumas abdominais graves. As múltiplas cirurgias de Bolsonaro não foram exagero, mas sim uma consequência da gravidade do atentado e das complicações inerentes a ferimentos dessa magnitude. Seu caso reforça a importância do acompanhamento médico prolongado em vítimas de traumas severos.