Mais de 1.000 pessoas morreram após o terremoto em Mianmar.

Estão em curso operações de resgate e a assistência humanitária começa a chegar ao país proveniente do sudeste asiático.

Ricardo de Moura Pereira

3/29/20252 min read

Neste sábado (29), equipes de resgate internacionais iniciaram voos para Mianmar para auxiliar na procura por sobreviventes de um terremoto que resultou na morte de mais de 1.000 indivíduos na nação do Sudeste Asiático, em meio a uma guerra civil. Segundo o governo militar neste sábado (29), Mianmar registrou 1.002 mortes, superando as primeiras informações divulgadas pela mídia estatal de 144 óbitos na sexta-feira (28).

Dezoito pessoas perderam a vida na vizinha Tailândia, onde um terremoto de magnitude 7,7 sacudiu edifícios e derrubou um arranha-céu em construção na capital Bangkok, aprisionando 30 indivíduos sob os destroços, deixando 49 pessoas desaparecidas. O Serviço Geológico dos Estados Unidos calculou que o número de vítimas mortais poderia ultrapassar 10.000 em Mianmar e que as perdas poderiam ultrapassar a produção econômica anual do país.

O sismo prejudicou vias, pontes e construções em Mianmar, segundo a junta militar, cujo general-chefe fez um raro pedido de auxílio internacional na sexta-feira (28). "As ações de busca e salvamento estão ocorrendo nas regiões impactadas", informou a junta em um comunicado divulgado na imprensa estadual neste sábado (29).

Uma equipe de resgate chinesa chegou a Yangon, a capital comercial de Myanmar, localizada a centenas de quilômetros das cidades mais afetadas em Mandalay e Naypyitaw, a capital construída com o objetivo do país, onde foram danificadas partes de um hospital com 1.000 leitos. A Rússia, a Índia, a Malásia e Singapura estão enviando carregamentos de ajuda e equipes de resgate para Mianmar, que foi arrasada por um conflito interno após um golpe militar em 2021 que depôs um governo civil eleito.

"Continuaremos monitorando os eventos e mais assistência será fornecida," afirmou o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar. A Coreia do Sul anunciou que forneceria um auxílio humanitário inicial de US$2 milhões para Mianmar através de entidades internacionais. Os Estados Unidos, que mantêm uma relação conflituosa com as forças militares de Mianmar e impuseram sanções a seus colaboradores, incluindo o líder da junta, Min Aung Hlaing, anunciaram que oferecerão alguma ajuda.

O abalo sísmico ocorrido na sexta-feira (28) impactou vastas regiões do país, desde as planícies centrais ao redor de Mandalay até as colinas de Shan, áreas que ainda estão fora do domínio da junta. Em Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar, residentes e equipes de resgate se empenharam em resgatar indivíduos de prédios que desabaram, utilizando as máquinas pesadas disponíveis para a remoção de escombros.

Em Bangkok, capital da Tailândia, localizada a 1.000 km do local do desastre, uma equipe de busca intensificou suas ações neste sábado (29) com o objetivo de localizar operários da construção que se encontram sob os destroços da torre de 33 andares que desabou. As forças de segurança empregaram escavadeiras, drones e cães de busca e salvamento para tentar libertar as 30 pessoas detidas, das quais pelo menos 15 ainda exibem sinais vitais. "Vamos empenhar-nos ao máximo para preservar vidas, empregaremos todos os recursos disponíveis", afirmou o governador de Bangkok, Chadchart Sittipunt, no local.

 Fonte CNN Brasil