Lula Reage a Tarifas dos EUA e Defende Soberania Brasileira: "Não Batemos Continência"

Presidente destaca soberania nas relações internacionais e defende parcerias equilibradas durante discurso sobre política externa

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Ricardo de Moura Pereira

4/4/20252 min read

Presidente critica medidas protecionistas de Trump e anuncia respostas para proteger economia nacional, com base em nova lei de reciprocidade.

Em resposta ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 10% a 50% sobre produtos importados — incluindo itens brasileiros —, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com firmeza, reafirmando a independência do Brasil nas relações comerciais internacionais.

"O Brasil não bate continência para nenhuma bandeira que não seja a verde e amarela", declarou Lula durante evento em que apresentou um balanço de seu governo. O mandatário criticou as medidas protecionistas dos EUA e exigiu "reciprocidade no tratamento", defendendo o multilateralismo e o livre comércio.

Lei de Reciprocidade e Possíveis Retaliações

Lula citou a nova lei de reciprocidade econômica, aprovada pelo Congresso Nacional na última quarta-feira (2), como instrumento para reagir a medidas que prejudiquem a competitividade brasileira. O texto, que agora aguarda sanção presidencial, estabelece critérios para que o Brasil possa responder a barreiras comerciais impostas por outros países.

"Tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e trabalhadores", afirmou, indicando que o governo pode adotar retaliações comerciais caso as tarifas norte-americanas sejam mantidas.

Trump Justifica Tarifas e Chama Medidas de 'Gentis'

Ao anunciar as sobretaxas, Donald Trump afirmou que a decisão "já deveria ter sido tomada há muito tempo", alegando que as barreiras tarifárias de outros países são uma "injustiça" contra os EUA. O republicano ainda minimizou o impacto da medida, classificando as tarifas como "gentis".

A decisão deve afetar setores estratégicos da economia brasileira, como aço, etanol e produtos agrícolas, aumentando tensões em um momento de reconfiguração das relações comerciais globais.

Próximos Passos

O governo brasileiro deve acelerar negociações com outros parceiros comerciais, como China, União Europeia e Mercosul, para reduzir dependência do mercado norte-americano. Enquanto isso, analistas alertam para o risco de uma "guerra comercial" se as retaliações se intensificarem.

Lula reforçou que o Brasil "não aceitará imposições" e buscará acordos justos, mantendo a postura de defesa da soberania nacional.

      

Fonte de pesquisa da matéria.  CNN Brasil