Fraude de R$ 2 bilhões: INSS inicia investigação interna contra 12 organizações

O INSS ordenou a instauração de um inquérito interno contra 12 entidades suspeitas de desviar fundos de aposentados e pensionistas. Assinadas pelo corregedor-geral substituto do INSS, José Alberto de Medeiros Landim, as portarias que permitem a investigação foram divulgadas na edição de segunda-feira (5) do Diário Oficial da União (DOU). A conclusão do Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) tem um prazo de 180 dias.

De acordo com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), sindicatos e associações teriam cobrado ilegalmente de aposentados e pensionistas aproximadamente R$ 6,3 bilhões no período de 2019 a 2024. A controvérsia resultou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

Gilberto Waller Júnior, o novo presidente do INSS, declarou que ainda está avaliando a origem dos fundos para compensar os beneficiários afetados pelo esquema de fraudes na instituição. "Isto está sendo analisado, de onde provém." "Estamos trabalhando para acelerar o processo de reparação do dano", afirmou Waller. No entanto, o líder da entidade assegurou que o reembolso ocorrerá de maneira "rápida" e "sem complicações".

O governo federal anunciou o estabelecimento de uma via específica para que aposentados e pensionistas que foram penalizados com descontos indevidos possam solicitar o reembolso diretamente. A ação integra um programa de compensação elaborado pelo INSS, com a colaboração da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Dataprev.

Fonte CNN Brasil