Depoimento da mãe de bebê morta em AL: 'Sufoquei com a almofada da sala'

Eduarda de Oliveira relata que envolveu o corpo de sua filha no saquinho do enxoval. Apenas 15 dias se passaram desde que Ana Beatriz nasceu.

ANA BEATRIZMORTECRIANÇA MORTA

Ricardo de Moura Pereira

4/17/20252 min read

A mãe que admitiu ter assassinado a filha recém-nascida em Novo Lino (AL) gravou um depoimento em vídeo na noite de terça-feira (15). As fotografias mostram Eduarda de Oliveira, de 22 anos, relatando à polícia que sufocou a filha com uma almofada, envolveu o corpo em sacos de plástico e o escondeu em um armário repleto de produtos de limpeza.

Antes de prestar esse depoimento, Eduarda apresentou uma versão alternativa para o falecimento da menina, alegando que ela se engasgou enquanto amamentava, mas posteriormente admitiu o delito. A TV Gazeta teve acesso ao vídeo do interrogatório de aproximadamente 18 minutos realizado na Delegacia Regional de Novo Lino.

Ela ficou um instante em prantos. Convidei-a para se acomodar no sofá e a sufoquei com a almofada da sala. Eu a coloquei no sofá e peguei a almofada para colocar no rosto dela. Na poltrona da sala. "Ela disse que foram a almofada e o lençol."

A mãe de Ana Beatriz foi detida de forma preventiva por ocultação de cadáver. A polícia ainda aguarda a conclusão do exame necroscópico no corpo da recém-nascida. Caso seja confirmada a morte por asfixia, ela também pode ser acusada do crime de infanticídio. A mãe também afirmou que não recebeu assistência de ninguém e que o marido, que estava em São Paulo, só ficou ciente do ocorrido quando ela revelou tudo ao advogado. Ele estava em São Paulo, desconhecia qualquer coisa. Contei quando o advogado insistiu para eu dizer a verdade.

Na audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (16), a Justiça decidiu manter Eduarda detida de forma preventiva. Ela precisará de assistência psiquiátrica enquanto estiver encarcerada. Ana Beatriz havia sumido desde a última sexta-feira (11). A mãe relatou aos policiais que a filha havia sido sequestrada em uma parte da BR-101, no Povoado de Euzébio, situado na cidade de Novo Lino, na fronteira com Pernambuco.

O pai do bebê, que é motorista, estava em São Paulo há um mês, por isso não tinha conhecimento da filha. Depois de ser notificado do sumiço, ele retornou ao lar para acompanhar as buscas pela recém-nascida.

Após os depoimentos de três testemunhas que contradiziam a teoria do sequestro, a polícia começou a suspeitar das versões da mãe. Ademais, registros de câmeras de vigilância também contradiziam a versão da mãe.

Na sua declaração, os vizinhos da mãe do bebê confirmaram que ouviram o bebê chorar pela última vez na quinta-feira anterior, um dia antes do relato do suposto rapto. Na segunda-feira (14), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram patrulhamentos nas proximidades da residência da família, incluindo buscas em latas de lixo. No entanto, a criança não foi localizada.