China Rejeita Postura de Trump e Não Demonstra Interesse em Acordo
Declarações oficiais chinesas classificam discurso americano como "ameaças inaceitáveis" e mantêm resistência a pressões comerciais
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Ricardo de Moura Pereira
4/16/20251 min read


China Exige Fim de "Ameaças e Chantagens" dos EUA em Disputa Comercial
Em resposta às recentes declarações da Casa Branca, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Li Jian, afirmou nesta quarta-feira (16) que os Estados Unidos devem abandonar sua política de "pressão máxima" e cessar as "ameaças e chantagens" se desejam um diálogo produtivo para resolver a escalada da guerra tarifária entre as duas potências.
O posicionamento chinês veio um dia após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarar que o presidente Donald Trump não vê necessidade de um acordo comercial com a China. "A responsabilidade é da China. Eles é que precisam chegar a um acordo conosco, não o contrário", teria dito Trump, segundo Leavitt.
Guerra Tarifária em Escalada
Li Jian rebateu as afirmações, lembrando que foram os EUA que iniciaram o conflito comercial. Nos últimos meses, as tensões se intensificaram: no início de maio, Trump anunciou um aumento massivo de tarifas para produtos chineses e de outros países, embora tenha concedido uma trégua de 90 dias para negociações.
No entanto, os EUA não só mantiveram as taxas sobre importações chinesas como as ampliaram em alguns setores. Em retaliação, a China impôs tarifas pesadas sobre produtos americanos. Atualmente, os EUA aplicam taxas de até 245% sobre mercadorias chinesas (com exceção de eletrônicos, como smartphones e laptops), enquanto a China responde com uma alíquota de 125% sobre bens dos EUA.
Impasses e Perspectivas
A postura firme de Pequim indica que o governo chinês não pretende ceder às pressões unilaterais de Washington. "Se os EUA realmente querem negociar, precisam abandonar a tática de intimidação", reforçou Li Jian.
Enquanto isso, analistas alertam para os riscos de uma prolongada guerra comercial, que pode impactar não apenas as economias dos dois países, mas também o comércio global. Com nenhum dos lados demonstrando flexibilidade, a disputa parece longe de uma solução imediata.