Aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave em Belo Horizonte

A incidência de síndrome respiratória aguda grave está crescendo em todo o território nacional. Estados e municípios já estabeleceram estado de emergência. Antony, um menino de 2 anos, foi hospitalizado há três dias com bronquite. Uma angústia para a mãe. "É muito doloroso, ficamos extremamente tristes, é terrível... nenhuma mãe quer ficar no hospital com seu filho, não é mesmo?", declara a dona de casa, Fernanda Carla de Almeida.

Nesta sexta-feira (2), Minas Gerais declarou estado de emergência em saúde pública devido ao crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave. O governo reconhece que há uma redução na capacidade de cuidar dos doentes. A ação, com validade de 180 dias, possibilita a implementação imediata de medidas administrativas.

Até o final de abril de 2025, o estado já tinha contabilizado quase 27 mil internações devido à síndrome. Número superior ao observado no mesmo intervalo de 2024. A Secretaria de Saúde de Minas justifica que foi necessário declarar estado de emergência devido a um aumento significativo nos casos neste ano, particularmente na área central.

A síndrome respiratória aguda grave engloba situações de gripe em que a respiração é prejudicada e geralmente resulta em hospitalização. A doença pode ser provocada por vírus como os da Influenza A e B, bem como por bactérias e até fungos.

As manifestações da síndrome respiratória aguda começam de maneira leve. Portanto, o indivíduo apresenta tosse, febre, indisposição e dor corporal. No entanto, se esperarmos que essa fase passe e ele progrida, pode ser que o indivíduo já esteja com um pulmão bastante comprometido, necessitando de terapia com oxigenoterapia. Inicialmente, quando apresenta sintomas característicos de uma gripe, ele deve buscar atendimento médico para adotar as ações necessárias que previnam a progressão para formas graves, conforme explicado pelo infectologista, Estevão Urbano.

Na quarta-feira (30), a prefeitura de Belo Horizonte declarou estado de emergência antes do governo estadual. A cidade está lidando com um crescimento na procura por serviços. Em abril, foram atendidos aproximadamente 63 mil pacientes com sintomas respiratórios pela rede municipal. Quase 50% de crescimento em comparação com março.

Outras cidades do Brasil lidam com a mesma circunstância. Desde o dia 26, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, está sob estado de emergência na área da saúde. Desde a noite de quinta-feira (1o), Florianópolis enfrenta a mesma situação, com um crescimento de 85% no número de crianças atendidas com a síndrome e 42% no de adultos. Carlos buscou assistência médica para o seu filho de 1 ano e 3 meses.

Fonte; O Globo